Atalhos de acessibilidade
Ir para o menu Ir para as mídias sociais Ir para o conteúdo Ir para o rodapéNas primeiras décadas do século XIX, a São Paulo colonial ainda era o "burgo dos estudantes", fortemente marcada pela presença da Faculdade de Direito, criada por ordem de Dom Pedro I, em 1827.
O ato da criação pode ser reconhecido pela reunião do conselho da Província de São Paulo presidida pelo Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, realizada em 15 de dezembro de 1831. O efetivo inicial era composto por 100 homens a pé e 30 a cavalo. A partir de março de 1832, a Instituição, pela falta de aquartelamento próprio, foi instalada na ala térrea do Convento do Carmo, situada no quadrilátero da Sé e hoje demolida.
A milícia paulista, nos seus 185 anos de existência, foi organizada e reorganizada diversas vezes.
Inicialmente, recebeu o nome de Guarda Municipal Permanente. No século XX, foi denominada Força Policial, Força Pública, entre outras denominações. Em 1926, foi criada a Guarda-Civil de São Paulo, como instituição auxiliar da Força Pública, mas sem o caráter militar desta.
A menor subunidade da Guarda Municipal Permanente, em 1831 era a esquadra, formada por um cabo e 24 soldados.
Em 7 de abril de 1857, em decorrência da Lei n° 575, foi criada a Banda de Música do Corpo Policial Permanente, composta de 1 mestre, com graduação de primeiro sargento e 17 músicos soldados.
Quando São Paulo tinha cerca de 30 mil habitantes, o trânsito era mais lento, e seus veículos eram bondes puxados por burros. As atividades do Corpo Policial Permanente já atendiam 50 municípios, além da capital.
Em 10 de março de 1880, os trabalhos de extinção de incêndio na capital do Estado de São Paulo profissionalizaram-se, com a criação da Seção de Bombeiros composta por 21 homens, sendo um alferes, um primeiro-sargento, um segundo-sargento e 18 bombeiros, cerne do atual Corpo de Bombeiros da PM.
Em 1888, já era insuficiente o efetivo de 20 homens e, por isso, o governo provincial elevou a 30 o número de praças.
Naquela época, os avisos de incêndios eram transmitidos por meio de rebates nos sinos das igrejas ou por comunicações verbais de particulares, que corriam até a porta do quartel de bombeiros para tal fim.
Neste ano, iniciou-se a construção do prédio do 1º Batalhão de Polícia de Choque – ROTA.
A construção do Quartel da Luz estava ligada à necessidade de melhor acomodar o antigo Corpo Policial Permanente que, com a Guarda Local e a Guarda Urbana, compunham a Força Pública da Província de São Paulo.
Em 1888, o Presidente da Província, Pedro Vicente de Azevedo, deu início à construção, cujos trabalhos ficaram a cargo do arquiteto Ramos de Azevedo.
A conclusão da obra deu-se em 1892.
O edifício segue as convenções da arquitetura da época, inspirando-se nos quartéis franceses do norte da África.
Abolição da escravidão. A partir de agora o Brasil tem um só povo em plena igualdade de direitos. O efetivo da Polícia Militar é triplicado nesse ano, chegando a 1480 homens. Estes representam a miscigenação paulista, alistando lado a lado todas as etnias. Nos próximos trinta anos a composição do efetivo iria refletir também a intensa presença do imigrante em São Paulo, chegando a compor 25% do efetivo total da Força.
Inaugurada a iluminação elétrica em São Paulo. Até os anos 30, extensas partes da cidade ainda eram iluminadas por lampiões a gás.
Em 8 dezembro inaugura-se a avenida Paulista, projetada pelo engenheiro uruguaio Joaquim Eugenio de Lima, que se tornou a primeira via pública asfaltada e arborizada em São Paulo.
Mais uma vez a Banda da Força Policial de São Paulo e a Cavalaria participaram da inauguração de mais uma obra de valor histórico para a cidade de São Paulo.
O crescer contínuo da cidade fez com que grandes obras, tais como o Viaduto do Chá, inaugurado em 6 de novembro de 1892, modificassem o panorama urbano.
A Banda do Corpo Musical da Polícia Militar esteve novamente presente, inaugurando-o brilhantemente.
Corpo de Cavalaria
Em 11 de outubro de 1892, o efetivo da extinta Companhia de Cavalaria, então denominado Corpo de Cavalaria, é deslocado para o novo quartel, chamado de "Quartel da Luz", onde se encontra até os dias de hoje.
Esta data é aquela em que se comemora o aniversário do Regimento de Cavalaria, cujo primeiro comandante foi o Tenente Coronel Inácio Batista Cardoso, oficial do Exército, avô do Ex-Presidente, Fernando Henrique Cardoso.
O primeiro carro surgiu nas ruas de São Paulo, seu proprietário era Henrique Santos Dumont (irmão do aviador).
Seu barulho assustava os cavalos e burros. Segundo a descrição dos contemporâneos, “esse carro tinha rodas de borracha e movimentava-se por si mesmo, sem nada puxando, um verdadeiro milagre!”.
A substituição dos veículos de tração animal por automóveis na Polícia Militar exige que, em 1915, seja criada, no Corpo de Bombeiros, a primeira autoescada do país.
O governo do Estado de São Paulo contratou uma missão de militares franceses para instruírem a Polícia Militar em um processo voltado à modernização da instituição.
A Missão Francesa permaneceu até 1924, influindo na organização e na formação do caráter da Polícia Militar, aliando a estética militar ao serviço de policiamento ostensivo voltado para as necessidades comunitárias.
São frutos da Missão Francesa a criação das escolas de formação de policiais militares, a escola de educação física, o estado-maior, o uso de bicicletas, cães e muitas outras inovações, reforçando o caráter paulista voltado à modernidade e à integração com os mais avançados campos do progresso mundial.
A doutrina francesa, fundada nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que se traduzem no respeito à dignidade da pessoa humana e na defesa intransigente dos direitos humanos, persiste nos dias atuais, mantendo na Polícia Militar uma visão humanista, voltada para a formação moral e patriótica do policial militar, com dedicação incansável à instrução, para bem servir à comunidade paulista e brasileira.
A Escola de Educação Física da Polícia Militar é a mais antiga Escola de Educação Física do Brasil.
Suas origens remontam ao ano de 1898, quando vieram a São Paulo três esgrimistas italianos, Giuseppe Salermo, Giasintho Sanches e Massanielo Parisi, que aqui se radicaram e passaram a lecionar a arte de esgrimir.
Graças ao Tenente Pedro Dias de Campos, aluno dos esgrimistas italianos e grande entusiasta da E.E.F., foi fundada a "Velha Escola", em março de 1910, por meio do Aviso n° 185 da Secretaria da Justiça e Segurança Pública.
Em 12 de setembro, o Teatro Municipal foi inaugurado com a apresentação da ópera "Hamlet", de Ambrósio Thomas.
Em 13 de setembro, houve a "noite de estreia do Teatro Municipal". Esteve deslumbrante a inauguração do Teatro Municipal pela Companhia do Barítono Titta Ruffo.
O Viaduto do Chá estava repleto.
Nas vizinhanças, viam-se numeroso público, carros e automóveis, com pessoas da melhor sociedade, que admiravam o belíssimo panorama.
Mais uma vez a Polícia Militar participou de um fato marcante para São Paulo, com a apresentação da Banda na noite de estreia.
O Grupamento de Radiopatrulha Aérea
A aviação na Polícia Militar não tem um histórico recente.
Na verdade, a então Força Pública, no início do século XX, foi um dos primeiros corpos militares na América Latina a fazer uso de aeronaves.
Apesar da atividade aérea daquela época, que era estritamente bélica, ser diversa da atual, em que o emprego é claramente voltado para as atividades de segurança pública e da defesa civil, a tradição perpetua-se e o próprio designativo de nossa unidade recebe o nome de um de nossos pioneiros da aviação, "João Negrão".
Precisamente, em 17 de dezembro de 1913, era criada oficialmente a aviação da então Força Pública de São Paulo.
A sede era no Campo de Marte, antes utilizado para exercícios do Regimento de Cavalaria e a iniciativa, feita com solidez, frutificou de modo que, já em 1920, começavam a surgir campos de pouso e áreas demarcadas em várias cidades do interior, como Bragança Paulista e Guaratinguetá.
Mas, por problemas internos e políticos, houve uma nova crise que acabou por fechar os hangares da Força Pública no início de 1922.
Iniciaram-se as atividades operacionais no Campo de Marte.
Realização da primeira Corrida de São Silvestre.
Atletas da Força Pública destacam-se na prova. Desde então, a Polícia Militar, participou ostensivamente da Corrida de São Silvestre, empregando o seu efetivo na segurança de todo o percurso com o policiamento ostensivo preventivo.
Durante o difícil amadurecimento da República, grande parte da Polícia Militar junta-se aos ideais da Revolução Brasileira, iniciada no heróico episódio dos 18 do Forte. Serão anos de sacrifício em campanhas pelo Brasil afora, que culminam na vitória da Revolução de 1930 que unifica o sentimento da nação. Finalmente o povo brasileiro tem acesso ao voto secreto e à justiça eleitoral independente, princípios básicos da democracia moderna.
Foi criada em 22 de outubro de 1926 a Guarda-Civil de São Paulo.
Em 2 de abril de 1928, foi cria¬da, na Guarda-Civil, a Divisão de Policiamento Rodoviário, sendo a primeira organização policial, em toda a América Latina, a executar essa modalidade de policiamento. Esse serviço foi por ela executado até 1951, quando foram recolhidos para a capital os últimos guardas-civis rodoviários.
Revolução de 1932, o maior movimento armado... O valor e a capacidade do homem, do brasileiro, em face da adversidade, superam todas as expectativas, não só no campo material, das improvisações e da imaginação, mas também no campo da elevação moral e espiritual, diante da causa e da motivação para a defesa de suas "convicções.”
Durante a Revolução Constitucionalista de 32, os mártires M.M.D.C. (os jovens Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo) morreram na Praça da República, por elementos a serviço da ditadura Vargas.
O primeiro policiamento executado em estádios foi realizado no Palestra Itália, em 3 de julho de 1934, pela Divisão de Reserva na então Guarda Civil de São Paulo, que atualmente é o 2º Batalhão de Policiamento de Choque.
1942-1945 — 2ª Guerra Mundial
Em 23 de novembro de 1943 foi criada a Força Expedicionária Brasileira (FEB), com o efetivo de 25.334 homens, comandada pelo General João Baptista Mascarenhas de Morais.
Depois de muitos preparativos, os expedicionários do Brasil foram transportados para a Itália, tendo sido o primeiro escalão embarcado em 2 de julho de 1944.
Durante o conflito, nossa Polícia Militar participou ativa e eficientemente, em duas frentes:
INTERNA: em postos de vigilância no Parque Industrial de São Paulo, alto da serra, represas da Light, no litoral, em zona de concentração de imigrantes dos países inimigos e em guardas de navios e de presos estrangeiros (Força Pública).
EXTERNA: na Itália, com um efetivo de setenta e nove homens da Guarda Civil, para a missão de Polícia Militar, integrando a Força Expedicionária Brasileira. Esse pelotão deu início à atual Polícia do Exército.
Em 10 de janeiro de 1948, pelo Decreto Estadual nº 17.868, sendo governador do Estado de São Paulo o Dr. Ademar Pereira de Barros, foi criado o Grupo Especial de Polícia Rodoviária, com um efetivo de 60 homens, alguns ex-combatentes da Força Expedicionária Brasileira, comandados pelo Primeiro Tenente José de Pina Figueiredo, da então Força Pública, destacado para atuar na recém-inaugurada SP 150 – Rodovia Anchieta.
Posteriormente foi unificado com a Divisão de Policiamento Rodoviário, da Guarda Civil.
O Canil da Polícia Militar, hoje 3ª Cia. do 3º Batalhão de Polícia de Choque, foi criado, em 15 de setembro de 1950, pelo então Tenente PM Djanir Caldas e per¬tencia à 2ª Seção do Estado-Maior, com efetivo de 4 cães pastores-alemães, dois dos quais oriundos da Argentina.
Em 1956, ocorreu o episódio do cão DICK, pertencente ao canil, nas buscas do “caso Eduardinho”, menino que, em 17 de abril, fora sequestrado.
O secretário da Segurança da época designou grande número de policiais para as buscas. Entraram em cena os cães, conduzidos por seus adestradores da Polícia Militar, sendo oferecido o travesseiro usado pelo garoto para os cães farejarem. Dick, que era conduzido pelo Soldado PM José Muniz de Souza, localizou a criança muito suja e abatida, mas viva. Eduardinho estava salvo. Assim, ainda em 1956, ante os bons resulta¬dos, o efetivo de cães foi elevado para 40 animais.
Também em 1950, em alguns pontos estratégicos da cidade e em cinco casas particulares, foram instalados televisores.
Em 18 de setembro de 1950, às 22 ho¬ras, em São Paulo, foi ao ar o primeiro programa da televisão brasileira.
Nessa época, éramos o quarto país do mundo a ter televisão. A nossa Banda também esteve lá....
Em 12 de maio, foi criado o Corpo de Policiamento Especial Feminino, pioneiro da América Latina. Eram 13 policiais, sendo-lhes atribuídas as missões sociais da época: a proteção de mulheres e jovens. A primeira comandante, Dra. Hilda Macedo, foi assistente da cadeira de Criminologia da Escola de Polícia. Elas foram chamadas "as 13 mais corajosas de 1955".
O Vigilante Rodoviário na década de 1960.
A criação do Vigilante Rodoviário foi obra da TV Tupi, entrando no ar em março de 1961, em São Paulo.
Toda quarta-feira era dia da família juntar-se diante do aparelho de TV e aguardar a visita do vigilante Carlos e seu fiel cão pastor Lobo.
O Vigilante Rodoviário gerou uma febre que dominou a audiência.
Além dos personagens, o seriado tinha duas atrações: o Simca Chambord com sua luz vermelha e sirene no teto e uma motocicleta Harley Davidson.
Lobo era na verdade King, um pastor-alemão nascido em 1955, de propriedade do soldado da então Força Pública Luiz Afonso.
Lobo ficou com Carlos Miranda depois do seriado.
Ao término do seriado, Carlos iniciou a faculdade de Direito, estudou três anos, mas abandonou, para ingressar na Polícia Militar de São Paulo.
Em 12 de julho de 1960, é entregue ao tráfego de São Paulo o primeiro trecho da Avenida 23 de Maio, entre a Praça das Bandeiras e a Rua da Assembléia.
Uma das mais agitadas avenidas da cidade recebeu seu nome em homenagem ao dia da morte dos jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, em 1932.
Em 21 de abril de 1960, a Banda da Força Pública do Estado de São Paulo participou da solenidade de inauguração da cidade de Brasília.
A inauguração de Brasília foi, sem dúvida, um dos momentos que marcou o ano de 1960 no Brasil.
Milhares de pessoas dirigiram-se ao Planalto Central para participar das festividades em comemoração à mudança da capital federal.
Apesar das dificuldades e do endividamento que acabou por causar aos cofres públicos, o sonho de gerações de brasileiros era materializado pelo Presidente Juscelino Kubitscheck e chegava a hora de transferir os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário além de alguns dos principais órgãos públicos brasileiros para a nova cidade.
Num momento bastante conturbado da história, especialmente nos aspectos político e social, a Força Pública atuou, em 1964, para garantir a ordem pública e a estabilidade da nação.
Na ocasião, a Força Pública buscou proteger a sociedade, aguardando a tomada de posição de seu comandante supremo, o governador Adhemar de Barros.
A partir de 1968, com o endurecimento do regime, coube à Força Pública garantir a paz social e proteger a sociedade paulista.
Policiais militares escoltaram os astronautas Armstrong e Collins, que estiveram em outubro de 1969, em visita oficial no Brasil.
“Um pequeno passo para um homem, um salto gigantes¬co para a humanidade.”
E, finalmente em 9 de abril de 1970, após unificação da Força Pública com a Guarda Civil de São Paulo, a polícia paulista recebeu o nome de Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Copa de 1970
Em meio a uma multidão em festa, os policiais militares fazem a segurança dos torcedores no Vale do Anhagabaú.
Os anos de 1972 e 1974 deixaram cicatrizes em São Paulo, reflexo dos catastróficos incêndios dos edifícios Andrauss (1972) e Joelma (1974), nos quais centenas de vidas foram ceifadas.
Após isso, foram importados autobombas, autoescadas, autoplataformas, veículos de comando e de apoio e todas as viaturas do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar passam a contar com rádio, além do aperfeiçoamento das exigências legais quanto aos aspectos de prevenção de incêndios.
Fatalidades como estas marcaram São Paulo e a Polícia Militar, quando profissionais do Corpo de Bombeiros, dos batalhões de choque e de outras unidades, numa demonstração de altruísmo e amor ao próximo, minoraram as dimensões da tragédia.
O alto espírito de disciplina das unidades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros destacam-se mais uma vez em uma marcante história de nosso povo paulista.
O Comando de Policiamento da Capital (CPC) teve sua origem em 27 de janeiro de 1973, com a missão de regular as atividades das unidades executantes do policiamento na capital.
Posteriormente, em 31 de maio de 1974, a sigla COPOC foi alterada para CPC, com a ação mais ampliada, abrangendo além das unidades da capital, a região da Grande São Paulo e o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran).
Pela Lei nº 616/74, organização básica da Instituição, estabeleceu-se que o CPC responderia perante o Comando Geral da Instituição pela manutenção da ordem pública na região da capital e da Grande São Paulo.
Na Polícia Militar foram organizados os Comandos de Policiamento Metropolitano (CPM) e de Policiamento de Interior (CPI); a partir desse ano, foram instalados os comandos de área na região metropolitana de São Paulo (CPA/M) e nas regiões do interior.
Na mesma ocasião, foi instalado o Comando do Corpo de Bombeiros para atuar em todo o Estado.
Foram instalados alguns comandos especializados: Policiamento de Choque, Policiamento Rodoviário, Policiamento Florestal, Policiamento de Trânsito e Policiamento Feminino. Estes dois últimos foram extintos em 2002 e 1999, respectivamente.
193 – Corpo de Bombeiros
Entra em funcionamento o 3º sistema de alarmes, telefone 193.
Foi firmado convênio entre o Estado e a Prefeitura.
Vemos o aparelho telequipo, que foi utilizado no início da telefonia em São Paulo, também conhecido como “Central de Pega”.
Em 27 de novembro, foi realizado em São Paulo, na Praça Charles Miller, o primeiro comício da campanha pelas “Diretas Já”, exigindo eleições diretas para a Presidência. Participaram do evento cerca de 10 mil pessoas e, mais uma vez, a Polícia Militar participou com o seu efetivo, garantindo o direito de manifestação pública, em um ato histórico, que marcaria para sempre o cenário político brasileiro.
Ressurge a aviação na Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O 1º águia nos céus de São Paulo.
Em 15 de agosto de 1984, no Palácio dos Bandeirantes, foi entregue para a Polícia Militar o primeiro helicóptero, um modelo Esquilo HB 350B, o “Águia Uno”, quando foi criado o Grupamento de Radiopatrulha Aérea.
Na solenidade, em entrevista à imprensa, o então governador de São Paulo, professor André Franco Montoro, concluía: “...a partir deste momento, os helicópteros estarão sobrevoando São Paulo, no combate à criminalidade...”
A história do GATE - Grupo de Ações Táticas Especiais - tem início em 1987 devido a um acontecimento de grande destaque que causou grande clamor público.
Em 18 de fevereiro de 1987, em uma ocorrência em Mogi das Cruzes/ SP, ex-estudantes do ITA, mantiveram como refém um bebê de três meses de idade - TABATA, durante oito horas.
Por volta das 18h daquela data, houve um tiroteio e os marginais foram mortos, enquanto TABATA foi resgatada com ferimentos de faca. Apesar da refém ter sido resgatada, foi notória a necessidade de uma especialização da Polícia Militar em ocorrências com reféns.
Essa ocorrência foi a gota-d’água para a implantação de um projeto inovador no Brasil: a criação de uma tropa especial para atuar em resgate de reféns e em outras ocorrências críticas, que pouco a pouco iam-se tornando frequentes, tendo em vista o aumento do índice de criminalidade e de sofisticação do crime.
Nesse projeto, foi previsto um subsistema de apoio ao policiamento, composto pelo “apoio de área“, com tropas para atuar em ocorrências graves, o “GATE”, que seriam uma equipe nos moldes das SWAT americana, atuando em ocorrências incomuns de alto risco, que necessitassem não só de um poder de fogo maior, mas também da utilização de técnicas, equipamentos e táticas diferentes do padrão policial convencional.
Em 5 de outubro de 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal do Brasil. Seu texto buscou dar mais efetividade aos direitos fundamentais.
O impacto da nova carta magna na atividade policial militar foi significativo, fazendo com que todos os cursos, estágios e atualizações profissionais da Polícia Militar tivessem seus currículos adequados à nova realidade constitucional.
Na mesma época é implantado o radiopatrulhamento padrão pela PM.
Em desobediência aos pedidos do então Presidente Fernando Collor de Mello, milhares de manifestantes saíram às ruas do Brasil vestidos de preto em 16 de agosto de 1992.
Dias antes, o presidente havia pedido para as pessoas vestirem verde e amarelo em apoio ao seu governo. O preto, que tomou as ruas, foi a primeira manifesta¬ção pró-impeachment de Collor.
Assim, na semana da leitura do relatório final da CPI, a UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – convocou todos os estudantes do país para irem às ruas na manifestação intitulada “Anos Rebeldes, próximo capítulo: fora Collor, impeachment já”.
A partir daí, as manifestações populares anti-Collor cresceram como uma bola de neve.
O que se viu foram diversas manifestações por todo o Brasil, pessoas vestiam-se de preto e pintavam o rosto com tinta preta, ficando conhecidos como “Caras-Pintadas”, e pediam a renúncia do presidente.
Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto popular depois de vários anos de regime de exceção. Seu curto período de governo foi marcado por escândalos de corrupção, o que levou a Câmara dos Deputados a autorizar a abertura do processo de Impe¬achment em 2 de outubro de 1992 e Collor foi afastado do poder. Em 29 de dezembro 1992 o Presidente Fernando Collor renunciou ao mandato para o qual fora eleito.
Em São Paulo, a PM garantiu, mais uma vez, o direito de manifestação pública dos cidadãos.
Em 5 de agosto, começou o rodízio obrigatório de veículos em São Paulo, e a Polícia Militar auxiliou na sua fiscalização.
Em 31 de outubro, ocorre a queda da aeronave Fokker 100 da TAM no bairro do Jabaquara, quando 99 pessoas morreram, e o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar enviou para o local 28 viaturas e 107 bombeiros, impedindo que a tragédia se alastrasse.
É mês de maio. No dia das mães, inicia-se um movimento criminoso em São Paulo cujo alvo são os servidores das forças de segurança: Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal. Foram várias vítimas de violência gratuita e cruel.
A alta veiculação dos fatos na mídia provocou uma onda de boatos e insegurança na capital e em todo o Estado de São Paulo, fazendo com que as empresas e o comércio fechassem mais cedo e as pessoas sumissem das ruas.
Nunca, em tempos recentes, se viu uma São Paulo tão vazia!
As polícias, com propriedade, trabalharam incessantemente na busca de soluções e na extinção da crise estabelecida.
A grandeza da Instituição não há que ser questionada. Mas aqui ficou ainda mais evidente a união e o esforço dos policiais para restabelecer a ordem. O espírito de corpo e de solidariedade foram notórios.
Destacamos também a Comunicação Social como uma das maiores armas na reconquista da sensação de segurança: durante todo o período dos fatos (cerca de dez dias), a Polícia Militar manteve a mídia e a população informadas das ações e dos resultados obtidos, e a orientação dos cidadãos aproximou-os dos trabalhos da polícia e culminou com a visualização de novos horizontes de segurança.
Acidente nas obras do Metrô
12 de janeiro de 2007
Sexta-feira, um desmoronamento no canteiro de obras da expansão do Metrô de São Paulo provocou a abertura de uma cratera de 80 metros de diâmetro às margens da Marginal Pinheiros, na zona oeste da capital.
O acidente ocorreu no local onde estava sendo construída a Estação Pinheiros, por onde passaria a Linha 4-Amarela.
Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e policiais militares trabalham ininterruptamente para localizar sete pessoas que teriam sido soterradas no desabamento.
Mais uma vez a Polícia Militar e o seu Corpo de Bombeiros participam de um fato que marcará para sempre o cotidiano de tantos paulistanos.
Depoimento de um dos policiais empenhados no salvamento:
"...Foram 18 horas consecutivas em pé dentro de um túnel, água até os joelhos, atmosfera carregada dos gases de carbono expirados pelos motores das retro-escavadeiras em ação, barulhos estridentes, calor de 38 graus e um odor forte, que tornava obrigatória a aplicação nas narinas de um gel de mentol, cânfora e óleo de eucalipto. Se não utilizasse esse gel, a mucosa nasal fica impregnada, e a gente passa até um mês sentindo aquele cheiro...tudo que queríamos era encontrar aquelas pessoas ainda com vida".